1. Isto de falar na crítica e dar balanço aos críticos é sintoma de gravidez de livro. Mal a gente pensa em editar-se e já o pensamento nos vai para os tais que declaram ao público se somos gênios, talentos, simples promessas ou cavalgaduras. Que asneira fazer um livro! Arriscar a dolorosas decepções - para que e por quê, santo Deus? (2:109)
2. Chegada hoje tua carta de 14, com o recorte. Deu-me prazer que o 1.º artigo que aparece (ou que me chega) sobre as O.C. seja o teu, e não o de algum crítico profissional. Crítico diz o que convém; já você diz o que sente. (4:219)
3. A incompreensão, meu caro, é o grande mal da vida, e a compreensão a coisa rara, por excelência. Tu compreendes, e me compreendeste: um sujeitinho que trabalha na sua toca, descreve o que viu e sentiu, e no fundo chora das coisas serem como são e não como deveriam ser. Só isso. Tão simples e ninguém acerta. Os críticos comprazem-se em malabarizar sobre as teorias e explicações mais difíceis, que vão procurar longe, esquecidos sempre que a verdade anda-lhes ao pé, caseira e humilde. (13:56)
4. — Que quer dizer críticos? — perguntou Narizinho.
— Críticos são os homens sabidões que nos dizem o que é bom e o que não presta. São os nossos cicerones, ou guias, em assunto de arte. (22:225)
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Ver: CRÍTICA 7 (12:75)
LÍNGUA 1 (1:248-249)